
Tende ficar o desejo da volta, a espera do imutável, a chance que jamais será dada. Permanece a imparcialidade do olhar, da fala, dos gestos, uma memória inacabada, perfeita por entre a dimensão dos anos.
Acabou! Acabou o som da respiração, o bailar dos olhos, as pompas da energia do caminhar. Acabou um sonho, um grito, um sonido que vinha de um peito que acabara de encontrar a vida.
Há um ano não se vê aquele sorriso que encantava, as brincadeiras ainda ingênuas, os desejos ainda por serem prontos. Há um ano terminou uma saga: em busca de razões, com busca de respostas, em busca de, talvez mais nada, pois quem dera, já sabia o que queria.
Terminou o sopro da vontade de continuar, de desbravar os horizontes distintos, ocultos ainda. Indagou-se um porquê.
Há exatamente um ano foi-se alguém simples, única de ligeiras boas impressões, de ligeiros aspectos de qualidades escondidas. Foi-se alguém que procurava como qualquer um outro a eterna felicidade, o eterno paraíso, foi-se já o espaço que ocupava a lacuna em nós, foi-se o som, o mirar, a dita, o carinho, a molecagem, a imaturidade, as convicções. Por nada mais partiu, viajou.
Exatamente 365 dias iniguais, inimagináveis, que condiz a ida de uma jovem de 20 anos de idade que acreditava nos sonhos, que gostava de músicas, das festas, dos convites, de aventuras, de gargalhar.
Foi-se Sawiry Gomes, e deixou ininterruptas lembranças, memórias que jamais sairão de nossas mentes.
Deixando em nós aqueles lapsos de memórias que vêm ao contra-tempo, que nos fazem rir por nada, apenas por recordar-se, apenas por nos fazer não deixar de lembrar que conosco ela passou os melhores momentos de sua vida.
Uma homenagem de Whermane Mendonça, de longe, mas presente.
Saudades Eternas.
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